Boa parte das doenças que afetam ossos, cartilagens e ligamentos aparecem somente com o passar do tempo. Existem também as que atacam pessoas jovens, saudáveis e que, por incrível que pareça, praticam exercícios físicos.
A Fascite é uma dessas doenças, a inflamação da fascia plantar, um ligamento que se estende por toda sola do pé.
Comum entre os jovens, incomoda muito maratonistas de longa distância.
Uma das formas de evitar que a inflamação apareça é não exagerar nos treinos.
Quando diagnosticada em até seis meses, a Fascite pode ser totalmente curada em mais de 90% dos casos.
Especialistas recomendam o repouso como a melhor forma de curar a inflamação na sola dos pés. Além de afetar corredores, a inflamação pode surgir em pessoas que têm o pé cavo (sola bastante arqueada), em quem está acima do peso ou ganhou quilos muito rapidamente.
A maior parte dos casos de Fascite é tratada com alongamentos. Em situações extremas, aplica-se uma injeção de cortisona no ligamento. Se não funcionar, o paciente pode ser submetido a uma cirurgia, o que ocorre em raríssimos casos.
Confundida também com a doença do Esporão por ter praticamente os mesmos sintomas, a Fascite é provocada por micro traumas na parte de baixo do pé. O Esporão é uma calcificação no calcanhar, uma saliência do osso que pode provocar a dor, e não há muito como evita-la. O problema maior é que quase 50% da população têm saliência óssea natural na região do calcanhar, o que não significa que a pessoa tem Esporão.
O tratamento para o Esporão inclui fisioterapia analgésica e uso de calçados com acolchoamento no calcanhar. Se as dores persistirem, o médico pode recomendar uma cirurgia para raspagem da saliência óssea.
Emagrecer, corrigir com palmilhas a deformidade dos pés (planos, cavos), fazer exercícios corretos (alongamentos), corrigir os calçados (evitar sapatilhas, evitar ficar descalço), procurando-se um calçado com amortecedor no calcanhar e que preferencialmente tenha algum salto, auxiliam positivamente no tratamento.